quarta-feira, 6 de junho de 2012

Meu filho vai morar sozinho!

meu filho vai sair de casa, ninho vazio

Entrevista cedida ao "Portal Vital" com o tema: Meu filho vai morar sozinho!

1- Existe um momento certo para o filho sair da casa dos pais e conquistar a independência?

R: O momento certo para a saída da casa dos pais depende de pessoa para pessoa. Para alguns, buscar a independência é um curso natural de seu desenvolvimento para a fase adulta, para outros é apenas a tentativa da saída de casa sem que este esteja realmente preparado para as mudanças. Para que o momento certo seja possível é necessário que cada indivíduo reflita sobre a real necessidade de sua saída, e as mudanças que elas podem acarretar, seja no âmbito financeiro como no âmbito emocional.  

2- Se sim, como notar que a hora chegou?

R: É importante observar como o indivíduo encara sua saída de casa a compreende as reais mudanças que ela pode trazer. A decisão da saída de casa não envolve apenas aspectos financeiros, mas sim a importância e o real significado sobre a independência e autonomia. Portanto, a hora certa para a saída de casa é quando o jovem possui condições financeiras e maturidade para ser responsável de si mesmo.

3- O que deve mudar? ex: lavar as próprias roupas, preparar sua própria comida, arcar com as despesas pessoais, etc.

R: Não adianta sair de casa sem que o jovem tenha consciente as responsabilidades que acarretam sua saída. A mudança da fase da adolescência para a condição adulta envolve responsabilidade e autonomia, ou seja, o adulto deve lavar suas próprias roupas, preparar sua comida, e arcar com as despesas pessoais, pois assim o indivíduo prepara condições para tomar conta de si e futuramente a possibilidade de formar seu próprio núcleo familiar.

4- Qual a parte boa de poder morar sozinho? E a ruim?

R: A parte boa de morar sozinho é a liberdade e a possibilidade de se criar suas regras, seus horários, e seu estilo de vida a partir de suas convicções. No momento em que o adulto se sente preparado para uma vida de autonomia e responsabilidades, abre-se um campo de possibilidades para suas reais necessidades e desejos. Morar sozinho proporciona não só a autonomia, como também novas experiências da vida adulta, o amadurecimento, privacidade e de certa forma tranquilidade para guiar suas decisões da forma que almeja e acredita.
A parte ruim de morar sozinho é a solidão e a carga de ter que resolver seus problemas domésticos e financeiros sozinho.

5- Por que é tão difícil para os pais este momento em que os filhos tomam seu próprio rumo?

R: A vida envolve necessariamente um ciclo vital de mudanças para todo indivíduo, ou seja, a passagem do adolescente para a vida adulta implica em mudanças tanto ao filho que está partindo como aos pais.
Desde o nascimento o bebê e os pais, principalmente a mãe vivem uma situação de simbiose e o investimento dos pais está voltado às necessidades do filho. Então, quando o adulto resolve sair de casa a pergunta que fica é: para onde será voltado o investimento dos pais?
 A separação dos pais com o filho sempre será dolorosa, entretanto a forma como cada família lida com tal situação pode ser benéfica ou prejudicial para o cada um. Os pais estão acostumados a se posicionarem como provedores da alimentação, do bem estar, das questões financeiras de seus filhos, e quando estes não ocupam mais tal posição sentem-se vazios, quase que sem utilidade. A esta fase e a este sentimento de perda, denomina-se a “síndrome do ninho vazio”. Ocorre o sentimento de quebra de vínculos, o que é natural para que o filho consiga sua independência e maturidade. É importante que os pais compreendam que o sentimento de vazio é natural e passageiro, mas o encorajamento aos filhos à sua independência pode ser e deve ser saudável a qualquer individuo.

6- Quais dicas podemos dar aos pais para que possam encarar esta mudança de uma maneira saudável e positiva?

R: É muito importante que os pais percebam que os filhos cresceram e sua saída faz parte do ciclo vital do desenvolvimento de cada um. O amor e o relacionamento que os pais possuem com os filhos continuam da mesma forma ou em algumas situações as relações se fortalecem e atingem uma relação e um vínculo de maturidade maior.
Após passarem anos se dedicando aos filhos, está na hora de investir em outras situações, relacionamentos ou afazeres que lhes dão prazer. Após o primeiro passo da aceitação que os filhos crescem e buscam sua independência, os pais devem reservar seu investimento a novas atividades em conjunto e em particular.  



Relacionamento Perfeito

como melhorar o relacionamento
Entrevista cedida ao "Portal Nós Mulheres"

1. Por que geralmente ao passar dos anos o relacionamento cai na rotina ou esfria?

R: No inicio do relacionamento o casal passa por uma experiência de conhecimento do outro. Tudo é novo, os sentimentos são novos, a curiosidade e o desejo de conhecer o outro impulsiona o relacionamento. Entretanto com o passar do tempo, o casal já conhece ou acha que conhece o outro, os aspectos positivos e negativos de cada um vão se sobressaindo e o investimento libidinal vai se perdendo. O sujeito acredita que não há mais necessidade de conquistar o objeto de desejo, uma vez que ele acha que já tenha conquistado e o relacionamento cai na rotina. No inicio o casal tem o desejo de impressionar, de dar e receber provas e juras de amor, mas com a convivência o sujeito já acredita que tenha alcançado o amor do parceiro e deixa de investir novamente na relação.

2. Como identificar isso?

R: Com o passar dos anos e com a rotina corriqueira do trabalho, de suas relações e compromissos do dia a dia, o relacionamento vai esfriando e a necessidade de conquistar o outro se perde. É possível observar quando o casal cai na rotina ou o relacionamento esfria quando um dos parceiros ou ambos não investem seu desejo no outro, na tentativa de fazer algo diferente, ou até compartilhar algum acontecimento, o que pode ocasionar o afastamento do casal.

3. Quais atitudes fortalecem e rejuvenescem o amor?

R: O amor é pautado pela confiança, comprometimento com o outro, respeito e o desejo de conquista mútuo. Em um relacionamento de longa data o interesse e o investimento no outro se torna escasso, necessitando de um novo investimento no relacionamento. É importante “quebrar” a rotina criando novas situações para o casal, como sair para jantar em um lugar diferente, encontrar novamente os desejos em comuns (criando assim um “hobbie” para o casal), compartilhar acontecimentos e sentimentos podendo voltar o olhar novamente ao outro sempre de uma forma diferente.  É importante relembrar ou criar novas formas de conquistas ao outro para que o casal se encontre em sintonia e cada acontecimento seja experienciado de forma diferente.

4. O que deve-se fazer para evitar as brigas e o desgaste emocional dentro da relação?

R: As brigas vêm acompanhadas de um desgaste emocional para o casal, deve-se perceber e preservar o respeito ao outro até quando algo não está de encontro com o seu pensamento e sentimento. As brigas são apenas uma expressão do que se sente o importante é compartilhar com o parceiro os sentimentos e angustias que cada um tende a sofrer na vida a dois. Só é possível compreender o outro quando este expressa seu sentimento, por isso a importância da troca de palavras e experiências no relacionamento. As brigas são o resultado de algo que não foi dito ou expressado antes de forma que o outro compreenda suas intenções, então é possível evitar o desgaste emocional de ambos quando os mesmos são capazes de se compreender, de compreender seus sentimentos para que o outro possa ajudá-lo evitando qualquer desinteresse do casal.

5. Quais as dicas para a sensação de paixão no início da relação durar por mais tempo?

R: Geralmente o casal tem a sensação de paixão no inicio do relacionamento porque há a existência de algo novo, algo que é desconhecido e o investimento para se conhecer é alto. A comunicação é mais completa porque há a necessidade de conhecer o outro e de se apresentar para o outro. O problema é quando o casal acredita que já conhece o parceiro, já conhece suas angustias e opiniões e acaba não investindo em seu relacionamento. Para a sensação de paixão durar mais tempo é preciso que ambos invistam na comunicação e na tentativa de conhecer algo novo do outro, uma vez que todo sujeito está passível de transformação e ressignificação.

6. Quais atitudes o casal deve ter para prezar a confiança e o bem-estar da relação?

R: Todo casal deve primeiramente se comunicar para que haja sintonia no relacionamento. A confiança vem do respeito que ambos precisam ter por si mesmo e consequentemente ao outro, portanto uma relação sadia deve estar acompanhada de uma partilha de sentimentos, pensamentos e experiências em conjunto.

7. Qual o fator que gera mais desentendimentos entre os casais levando a um possível rompimento?

R: Um dos fatores que mais geram o rompimento entre os casais são o ciúme excessivo, perda de confiança no outro e a falta de comunicação e expressão de seus sentimentos.


Para ter informações sobre ajuda emocional acesse: www.saopaulopsicologia.com.br