quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Ciúme Patológico: A dor de amar


O ciúme é caracterizado pelo medo real ou irreal de perder a pessoa amada, trazendo sofrimento e desconfiança no relacionamento amoroso. 

Em nossa sociedade, o ciúme é visto como o “termômetro da relação” e associado a zelo e amor, no entanto, em demasia pode gerar sofrimento, angústia e pensamentos obsessivos para aquele que sente o ciúme.

Existem duas classificações para o ciúme: o ciúme situacional, e o patológico. O ciúme decorrente de uma ocasião situacional é aquele em que a pessoa sente raiva e desconfiança, mas esses sentimentos tendem a cessar; No ciúme patológico a desconfiança cresce a partir da própria imaginação e fantasia da pessoa, e o ciúme é caracterizado por delírios de perseguição, e o medo constante de perder seu amor ou ser enganado. 

O ciumento patológico tem a compulsão de verificar a veracidade das informações que o parceiro passa a todo instante, se torna possessivo e ocorre a tentativa de monitoramente e perseguição. O ciumento tende a vasculhar e-mails, o celular, as informações pessoais e tendem a interpretar cada palavra que o parceiro diz até encontrar alguma mentira ou falha que possa caracterizar a traição ou comprovar sua desconfiança.

O ciúme pode afetar a relação, uma vez que a desconfiança em demasia e as brigas começam a se tornar constantes trazendo sofrimento tanto para quem sente o ciúme, como para o alvo do ciúme. A pessoa que sente ciúme é acometida por um sofrimento por diversas vezes aniquilante, acompanhados da angustia, raiva, ansiedade, agressividade, entre outros. A desconfiança somada ao medo da perda, a baixa autoestima e uma percepção distorcida de si colabora para a criação das fantasias e a necessidade de investigar a vida do parceiro como forma de controle e comprovação.

O ciúme é um sintoma que pode e deve ser compreendido de acordo com a singularidade de cada um e seu tratamento analisado de forma particular. Por trazer grande sofrimento para o sujeito ciumento e prejuízos em suas relações interpessoais, a psicoterapia se faz necessária nestes casos, trabalhando-se a insegurança, o sofrimento, a possessividade e a autoestima colaborando para a redução de seu sofrimento e uma vida em casal mais sadia e duradora. 


*O texto é apenas informativo e não substitui o atendimento psicoterápico oferecido pelo psicólogo. 

Para mais informações acesse o site: www.saopaulopsicologia.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário