quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Luto: A dor da perda


Perder alguém importante é sempre doloroso e o processo de luto deve ser sentido e encarado como algo natural do percurso da vida. Em nossa cultura ocidental, a morte ainda é vista como um tabu, pois revela a fragilidade que todos nós como seres humanos possamos sentir frente à finitude e vulnerabilidade.
O processo de luto vem acompanhado por um conjunto de sentimentos, como a tristeza, culpa raiva, solidão, desamparo, ansiedade, entre outros sintomas. No entanto, cada pessoa reage a perda de um ente querido de forma particular a partir de sua vivencia e a forma de lidar e encarar a morte.
Por isso, o processo de luto deve ser sentido e é necessário para que todo indivíduo consiga seguir em frente. Segundo a teoria de Elisabeth Kubler Ross, o processo de luto passa por cinco fases:

  1. Negação: Para se proteger da dor sentida pela perda, o sujeito nega a morte e a realidade. Ex: “Isso não está acontecendo comigo”

  1. Raiva: Nesse momento, é comum aparecer o sentimento de revolta e ressentimento. Diante da perda a pessoa se sente injustiçada e projeta para o mundo exterior a raiva e a impotência diante do fato. Ex: “Por que comigo?”.

  1. Barganha: É a fase que o sujeito começa a negociar com a vida de alguma maneira para que as coisas possam voltar a ser como era antes. Em alguns casos, é possível observar que as pessoas se apegam a religião fazendo promessas para encarar a perda de uma forma mais saudável. Ex: “Vou pensar positivamente e com fé que a vida vai voltar ao normal”

  1. Depressão: Neste momento o indivíduo começa a sentir um sofrimento profundo acompanhado de tristeza, culpa,  medo, desesperança e isolamento. É importante ressaltar que a dor deve ser sentida neste momento, no entanto, se a pessoa permanece tempo demasiado nesta fase com ideais e pensamentos negativos ou suicidas, um psicólogo pode ajudá-lo a enfrentar este momento. Ex: “Eu não consigo lidar com isso, estou sofrendo demais!”.

  1. Aceitação: Neste momento a negação não é mais necessária e a pessoa apresenta maior tolerância frente à realidade. A vida começa a tomar novo rumo e é possível observar e encontrar novas formas de lidar com a perda. Ex: “Tudo vai dar certo!”.
Como falamos anteriormente, o luto é importante e necessário neste processo de perda para todo individuo. No entanto, cada um sente de forma peculiar essa perda e as fases do luto não respeitam a ordem cronológica citada acima. Ou seja, as fases podem não acontecer de forma linear e em algumas situações a pessoa pode apresentar dificuldades de sair/passar de uma fase para a outra trazendo prejuízos importantes na vida.
Perder alguém faz com que o sujeito tenha que lidar com sentimentos muito complexos que devem ser sentidos para que se possa criar novas possibilidades de um novo olhar frente a dor de perder alguém. Porém, com o passar do tempo as pessoas tendem a encarar a situação de forma mais saudável.
É importante ressaltar que algumas pessoas que passam por tempo demasiado em uma das fases devem procurar ajuda profissional, porque a fixação em uma delas pode acarretar em transtornos de ansiedade, depressão, isolamento, entre outros sintomas prejudiciais.

*O texto é apenas informativo e não substitui o atendimento psicoterápico oferecido pelo psicólogo.  



quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)


O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas que acomete cerca de 3% a 5% das crianças em diferentes regiões do mundo. A desatenção, a impulsividade e a inquietude, são os sintomas que caracterizam o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, que ocorre na infância e, geralmente, acompanha a pessoa por toda a vida.

O TDAH se caracteriza pela combinação dos sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade. Geralmente, os sintomas são percebidos na escola e no relacionamento com os outros, pois as crianças são estigmatizadas como “dispersas”, “avoadas” ou inquietas. 

Em adultos, é possível observar problemas de desatenção no âmbito do trabalho, social e em sua organização pessoal. Frequentemente, os adultos diagnosticados com o TDAH são inquietos e impulsivos, trazendo prejuízos significativos em sua organização e no relacionamento interpessoal. O TDAH pode apresentar comorbidades associados à patologia, como a dependência química, transtorno de ansiedade e depressão. 
Acredita-se que em torno de 60% das crianças com TDAH ingressarão na vida adulta com alguns dos sintomas, porém em menor número do que apresentavam quando eram crianças ou adolescentes. 

O diagnóstico pode ser feito através da procura de um profissional especializado e multidisciplinar, como o psiquiatra, neurologista e psicólogo. A psicoterapia pode ajudar o paciente a compreender suas dificuldades e assim, criar novas possibilidades de aceitação e enfrentamento. 

*O texto é apenas informativo e não substitui o atendimento psicoterápico oferecido pelo psicólogo. 

Bibliografia: 
www.tdah.org.br

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Marquei uma consulta psicológica, e agora? O que fazer?


Geralmente, quando estamos sofrendo de alguma enfermidade física procuramos um médico especializado na área para nos ajudar. Se o estomago dói, você procura um “gastro”, se a coluna dói corre para ligar para um ortopedista. E quando tudo parece dar errado e o sofrimento e a angustia permanecem... Quem procurar? Se você pensou em um psicólogo, você acertou... Mas e agora? O que fazer com a ansiedade? Como é a consulta? O que tenho que falar?
Muitos pacientes já me perguntaram como seria a primeira consulta, e relatam sentir muita ansiedade após o agendamento. Contam ainda que não conseguiram dormir e ficaram nervosos com o primeiro encontro. Então, para que os futuros pacientes possam ficar mais tranquilos e relaxados, decidi escrever sobre esse momento.
Sabemos que marcar a consulta não é fácil, afinal ligar para agendar é, primeiramente, poder observar que algo não está indo tão bem e que você precisa de ajuda... É entrar em contato com seu intimo, com seu sofrimento, com aquilo que dói... No entanto, poder se olhar com mais cuidado e mais carinho é o primeiro passo para ter uma vida mais saudável e em harmonia.
A primeira sessão é sempre uma oportunidade tanto para o profissional como para o paciente de se conhecerem... É o momento para poder compreender e discutir os motivos que o levaram até ali e em como se sente afetado por tal situação.
O (a) psicólogo (a) é preparado para escutar e compreender o que lhe angustia sem qualquer julgamento ou critica, pois seu trabalho está baseado em sua ética profissional. Não só este primeiro encontro, como todo o processo psicoterapêutico é sigiloso. Ou seja, é o momento em que você tem e deve se sentir a vontade para falar sobre sua dor, sobre o que quiser.
Na primeira consulta psicológica, o profissional fica à disposição para tirar todas as duvidas quanto ao processo, abordagem, valores, entre outras questões. É o momento de reconhecer empatia com o profissional e se sentir acolhido por ele.  A psicoterapia é marcada pela relação terapêutica entre paciente e psicólogo, então é de suma importância que você sinta confiança e empatia com o profissional que ira lhe acompanhar nesta nova trajetória.
Caso você tenha o interesse em iniciar o processo psicoterapêutico será acordado neste momento dia e horário para as sessões, e o contrato terapêutico é estabelecido.
Resumindo, a primeira consulta é o primeiro passo de uma relação psicoterapêutica que pode te auxiliar a compreensão da sua dor, em um espaço acolhedor e sem julgamentos, colaborando para sua transformação e qualidade de vida!


Para ter informações sobre a psicoterapia acesse: