Na pratica clinica, percebo que
muitas pessoas trazem intenso sofrimento psíquico, por problemas diretamente
relacionados à imagem que a pessoa tem de si mesma e a forma em que se
posiciona frente ao outro trazendo sérios prejuízos na vida emocional do
sujeito.
A autoestima refere-se à forma
em que o sujeito se observa e se posiciona no mundo, e nas relações. Neste
processo encontramos o próprio julgamento que a pessoa faz de si mesma, bem
como a autoconfiança e autoaceitação. Podemos pensar que a autoestima é
subjetiva, levando-se em consideração que ela se dá a partir do olhar
individual que cada um tem de si mesmo.
Quando nascemos já temos um
lugar marcado no imaginário de nossos pais, por exemplo, como o filho vai ser,
o que vai ser, a quem vai puxar, e etc. Essas suposições marcam o bebê fazendo com que sua identidade
vá se construindo a partir do olhar do outro. Ou seja, é a partir das primeiras
relações que o bebê tem no mundo e o olhar que os pais direcionam à criança que
vai colaborar para a construção da imagem que ela tem de si mesma.
Uma criança que é incentivada a
partir deste olhar dos pais de uma forma positiva vai colaborar para um adulto
com uma autoimagem e uma autoconfiança melhor contribuindo em sua forma de ser
no mundo, de ser capaz e competente. De possuir qualidades e de colocar valor
na forma em que lida com as situações da vida.
No entanto, podemos supor que
em crianças que não tiveram este olhar cuidadoso dos pais para a sua
constituição subjetiva, somado as experiências da vida podem apresentar
problemas relacionados à autoestima, onde o sentimento de não valia interdita
não só as relações interpessoais, mas a forma em que se posiciona no mundo.
As pessoas com baixa autoestima
apresentam grande sofrimento emocional por se verem em diversos momentos
paralisadas diante de sua percepção inferior ou de incapacidades porque a sua
autoimagem se apresenta de forma distorcida e sem valor. Nessa situação, fica
difícil para o sujeito se posicionar frente a algo que não lhe agrada ou frente
a algo que se deseja.
A baixa autoestima pode influenciar diretamente nas relações
interpessoais e de trabalho, trazendo prejuízos e dificuldades emocionais, como
a ansiedade, depressão, isolamento, relacionamentos abusivos, síndrome do
pânico, sentimento de inferioridade e incapacidade que leva a paralisia, entre
outros.
Nesses casos, é de suma importância poder procurar ajuda profissional
de um psicólogo para que seja possível a construção de novas imagens de si, de
novas possibilidades e de um olhar cuidadoso para um caminho de transformação e
de um possível encontro com a sua subjetividade.
*O texto é apenas informativo e não substitui o atendimento psicoterápico oferecido pelo psicólogo.
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